“No stress”, dizem-nos mal chegamos à Ilha do Sal, esta é a ilha da “morabeza” e, a verdade é que quem cá vem, vem para relaxar e desfrutar das praias.
À saída do aeroporto internacional do Sal alinham-se os táxis à espera dos turistas. Mais abaixo dezenas de autocarros das mais prestigiadas operadoras turísticas esperam as centenas ou milhares de turistas provindos do norte da Europa e que escolhem as terras quentes e a morabeza de Cabo Verde para uns dias de relaxe.Muitos me têm feito perguntas sobre Cabo Verde. Se é bom, se recomendo, que tal o hotel, então e o tempo, e é bom para levar crianças? Assim sendo, aqui fica um pequeno P&R sobre o tema:
É, sim senhora. Já lá tinha passado um fim-de-semana, há quatro anos, agora voltei com mais tempo e ficou a vontade de regressar. Como em tudo nesta vida, há quem ame e quem odeie. O melhor mesmo é ser um destino perto, em conta e onde faz sol o ano inteiro (não é preciso atravessar o Atlântico todo para se fazer praia).
- Sol o ano inteiro? Isso quer dizer que está sempre bom tempo?
Não. Podem contar quase sempre com vento, isso é garantido. Mas, estando sol, o vento sabe muito bem, caso contrário sentem-se como frangos no churrasco. Chato mesmo é quando o tempo está encoberto (apanhámos dois ou três dias assim), aí está mais fresquinho e o vento não sabe bem. De resto, a temperatura não varia muito ao longo do ano, anda sempre ali pelos 25, mais coisa, menos coisa.
Menos de quatro horinhas, voos directos da TAP para o Sal e para a Boavista (só conheço o Sal). Depois, do aeroporto a Santa Maria (zona dos hotéis) são uns 15 minutos de carro.
Há de tudo. Desde os hotéis grandes em estilo resort aos pequeninos em estilo quase familiar. Desta vez fiquei no Oásis Salinas Sea, o hotel mais recente da ilha. É um cinco estrelas, funciona em regime de tudo incluído (pulseirinha no pulso e está a andar) e fica mesmo em frente à praia. O nosso quarto era enorme, quase que o podíamos ter subalugado. O hotel tem vários restaurantes, animação desportiva, animação nocturna (ainda assistimos a uns espectáculos tradicionais bem giros), wifi (muito importante!) e praticamente tudo o que se precisa para se ser feliz. Da primeira vez fiquei no Belorizonte, que é mesmo ao lado. São pequenas casinhas em cima da praia e também é agradável, mas mais antigo. Fiquei com curiosidade em experimentar um hotel mais pequeno, como o Odjo D'Água (hoel de charme) ou o Morabeza. Fica para a próxima.
- É um bom destino para a criançada?
Tenho para mim que sim, apesar de não se verem muitos portugueses com crianças. Já estrangeiros é ao molho. O Oasis Salinas Sea tem Kids Club, animação infantil, piscina para miúdos, etc e tal. Quando chegámos já nos tinham posto um berço no quarto, assim como uma banheira para bebé e alguns brinquedos para a praia. Achei simpático terem tido esse cuidado. Como o Mateus ainda é muito pequeno, optámos por levar a comida toda em boiões (sopa, fruta, iogurtes), que pedíamos para aquecer quando era preciso, mas miúdos maiorzinhos safam-se perfeitamente no restaurante. Há muitos pratos à escolha e há sempre alguns mais virados para os miúdos (hamburgers, massas, panadinhos). De resto, a praia é óptima, o mar relativamente tranquilo e dá para andarem por ali à vontade.
- Mas há alguma coisa para ver no Sal?
Há. Não há muito, não pensem que vão levar uma semana a ver a ilha, porque numa excursão de um dia fica tudo despachadinho. Mas têm de ir às salinas, às piscinas naturais ou ao Olho Azul. Sem dúvida que Cabo Verde é um destino para quem quer relaxar e fazer pouco ou nada. É um bom destino para descansar, para ler, para passear na praia, para ir dar uma volta à vila. Mas, se quiserem fazer coisas, também têm com que se entreter. Aulas de surf, passeios a cavalo, passeios de moto-quatro, mergulho, you name it.
Ora bem, se forem em regime de tudo incluído, podem fazer todas as refeições no hotel. No nosso caso, optámos por fazer alguns almoços fora, para conhecermos outros sítios e outros sabores. Vale a pena experimentar uma cachupa, a barriga de atum, a batata doce ou o caldo de peixe. No hotel encontravam-se algumas destas coisas, mas também comida mais europeia, para agradar a gregos e a troianos.